Onde tudo era cinzento e sem graça, lá estava ele. Um rasgo de cor. Era tão giro, tão querido, tão simpático e todas aquelas coisas que achamos sempre que eles são antes de os conhecermos realmente. A minha amiga apaixonou-se durante uma hora. Não, não foi "numa" hora. Foi mesmo "durante" uma hora. E porque hão-de as paixões de uma hora ser menos que as outras? De facto, por nada.
Agora, ela é um parquímetro do amor. Mete umas moedinhas e carrega no botão verde, como quem diz "ó dona máquina, é uma hora de amor, se faz favor". E a máquina concede. Depois, há que aproveitar cada minuto. Apaixonada, faz um sorriso tolo e pisca os olhos muitas vezes seguidas na direcção do seu amado (embora, na realidade, ninguém faça isso quando está apaixonada. É que é um gesto mais parvo que sedutor. Adiante.).
Depois, eu imagino-a a imaginar o que poderia acontecer. Os dois a rir com piadas que só eles entendem. Os dois a dar aquele primeiro beijo junto ao mar, com as ondas a rebentar no exacto momento em que os seus lábios se tocam. Os dois a dançar no meio da rua, num dia de chuva no verão. Os dois de mãos dadas a correr feitos loucos pelos campos verdes, pisando as flores e matando tudo o que é bicho pequeno, destruindo todo um ecossistema.
Entusiasmada, ela começa a perguntar-se "E se eu fosse à procura dele amanhã?", "E se eu lhe pedisse o número?", "E se eu o convidasse para tomar um café?", "E se eu o apanhasse sozinho, à noite, num beco escuro?". E, como sempre, os "E ses" mostram-se pouco proveitosos, já que só fazem perder tempo. Quando acorda para a realidade, acabou. Ele vai-se embora e, pelo que conseguiu ouvir da conversa, aquela é das últimas vezes que o vê.
Pôs moedas no parquímetro para uma hora de amor, foi uma hora de amor que teve. E o bom disto é que o coração saiu ileso e o sorriso mantém-se nos lábios, com a perspectiva de contar tudo às amigas.
Para vocês, que gostam pouco de sofrer por amor ou estão fartos disso ou estão à espera de um lugar permanente na garagem de alguém ou simplesmente não têm mais que fazer: o Parquímetro do Amor. Pago nos dias úteis, entre as 9 e as 20h. Como toda a gente sabe, à noite o amor é grátis.
PS1.: Obrigada, Cátá, pela expressão clarividente com que descreveste a situação da nossa amiga.
PS2.: Hoje estreia o filme do Sex and the City e, sim, vamos estar lá, na primeira fila (forma de dizer, já que ver filmes na primeira fila é terrível), excitadas e histéricas como miúdas excitadas e histéricas. E então? E então?
Agora, ela é um parquímetro do amor. Mete umas moedinhas e carrega no botão verde, como quem diz "ó dona máquina, é uma hora de amor, se faz favor". E a máquina concede. Depois, há que aproveitar cada minuto. Apaixonada, faz um sorriso tolo e pisca os olhos muitas vezes seguidas na direcção do seu amado (embora, na realidade, ninguém faça isso quando está apaixonada. É que é um gesto mais parvo que sedutor. Adiante.).
Depois, eu imagino-a a imaginar o que poderia acontecer. Os dois a rir com piadas que só eles entendem. Os dois a dar aquele primeiro beijo junto ao mar, com as ondas a rebentar no exacto momento em que os seus lábios se tocam. Os dois a dançar no meio da rua, num dia de chuva no verão. Os dois de mãos dadas a correr feitos loucos pelos campos verdes, pisando as flores e matando tudo o que é bicho pequeno, destruindo todo um ecossistema.
Entusiasmada, ela começa a perguntar-se "E se eu fosse à procura dele amanhã?", "E se eu lhe pedisse o número?", "E se eu o convidasse para tomar um café?", "E se eu o apanhasse sozinho, à noite, num beco escuro?". E, como sempre, os "E ses" mostram-se pouco proveitosos, já que só fazem perder tempo. Quando acorda para a realidade, acabou. Ele vai-se embora e, pelo que conseguiu ouvir da conversa, aquela é das últimas vezes que o vê.
Pôs moedas no parquímetro para uma hora de amor, foi uma hora de amor que teve. E o bom disto é que o coração saiu ileso e o sorriso mantém-se nos lábios, com a perspectiva de contar tudo às amigas.
Para vocês, que gostam pouco de sofrer por amor ou estão fartos disso ou estão à espera de um lugar permanente na garagem de alguém ou simplesmente não têm mais que fazer: o Parquímetro do Amor. Pago nos dias úteis, entre as 9 e as 20h. Como toda a gente sabe, à noite o amor é grátis.
PS1.: Obrigada, Cátá, pela expressão clarividente com que descreveste a situação da nossa amiga.
PS2.: Hoje estreia o filme do Sex and the City e, sim, vamos estar lá, na primeira fila (forma de dizer, já que ver filmes na primeira fila é terrível), excitadas e histéricas como miúdas excitadas e histéricas. E então? E então?
1 comentário:
Oi!:) Nunca tinha pensado nessa do "Parquímetro do Amor" mas é uma óptima ideia! Axo que vou utilizar à noite que é de borla, e é quando me faz mais falta:)
De qualquer das formas apesar de ser uma excelente ideia tenho medo de não me conseguir desprender facilmente do que aluguei durante uma hora e penso que rapidamente irei à falência pelo vício da felicidade(dificuldades de menina, dificuldades de menina!)
E já agora excelente vídeo o do MUTO!
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