quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

A verdade é finalmente reposta


Quem canta "la saudade" é Charles Aznavour.

Obrigada ao meu primo André pela sua imensa sabedoria musical. Para a próxima, pergunto primeiro.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Deux risques... deux surprises! Et "la saudade".

Hoje fui à mediateca na Alliance Française. Já o Pedro Azevedo me tinha dito 100 vezes... "tens de lá ir! tem imensas coisas! e tens de aprender a dizer "d'accord". D'accord, Pedro, j'irais à la mediathéque.

Fui direitinha à prateleira dos CDs. Conhecia poucos nomes, por isso procurei nomes femininos e capas interessantes. Bingo! Hoje conheci Jeanne Cherhal e Pauline Croze. Boas vozes, boas músicas, boas surpresas. Para quem tiver curiosidade... http://www.jeanne-cherhal.com/ e http://www.paulinecroze.com/new-site/. Sabe tão bem a descoberta. Pôr o cd no leitor, tirar o livro com cuidado para não rasgar e folhear apanhando só algumas palavras aqui e ali. Tudo muito devagar. Ouvir a primeira vez e gostar de todas as músicas. Depois, prestar mais atenção a uma ou a outra e saber que daqui a uns dias já não serão essas as favoritas. É sempre bom fazer novos amigos.

No fim da Alliance, levei toda a minha turma e o professor no carro (3 rapazes e um François!), porque afinal está a chover e mais vale ir apertado do que debaixo de água. Obviamente, sacando da minha veia humorística, tão famosa como pateta, mudei a rádio para a EuropaLx, onde cantava uma forte voz francesa. François a dit "c'est Jacques Brel" (ou un autre chanteur connu... je ne me rappelle pas). Et ce monsieur chantais "la saudade" (pelo menos, foi o que eu e o Nuno percebemos).

Foi o melhor mote para a minha tarde mágica. Um encontro dos antigos alunos do colégio SVP no próprio colégio. Passar naqueles corredores, naquelas escadas, naquelas salas, com as mesmas pessoas que ali passaram antes comigo, trouxe um vento da infância que, afinal, nunca esteve longe.

Mais uma vez, chegámos a uma conclusão: não há amizade como a que criámos ali. Não crescemos apenas juntas, crescemo-nos umas às outras. Quem somos hoje foi criado em grande parte ali. Com aquelas pessoas. Somos todas edifícios diferentes, mas com pilares iguais: fortes, coloridos e risonhos. São elos demasiado fortes para serem quebrados com a distância ou com o tempo. Vê-las passados vários meses é como vê-las passado apenas um dia. A confiança não muda. A intimidade não muda. Afinal, que saudade?, se foi apenas ontem que dissemos "a minha mãe chegou, vou buscar a mochila, até amanhã." Até amanhã.


PS.: No meio do cd da Pauline Croze, encontro uma canção chamada Tita. Le destin, mon amie...

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Quadros, limões, fim de tarde no Douro e muitas fotografias

Fim de tarde no Douro (João Resende)


Voltei hoje do Porto, da minha primeira saída de reportagem para o Iniciativa. Agora já é a sério! E voltei com a sensação de que não poderia ter escolhido outra profissão! É isto que quero fazer durante muito tempo!
Foram dois dias lá em cima que passaram a correr e que fizeram com que a semana passasse a voar! Isto porque passei a 2ªf e a 3ªf a despachar tudo do projecto das tecnologias, sem tempo para pensar em mais nada, mas, principalmente, porque passei os dois dias a mentalizar-me de que tinha de me levantar às 5:30 para ir para o Porto. Vocês sabem o meu problema com os despertares antes das 9h da manhã. Às 5:30 é hora de deitar, nunca de levantar!!! Enfim, mas lá fui eu pela fresquinha, a levar com o nevoeiro na cara e a humidade no corpo todo. A verdade é que eram 10:30 e já nós (eu e o operador de câmara) estávamos em Braga (lá perto, vá), à porta da empresa onde íamos fazer a primeira reportagem. Uma empresa de arte déco, com quadros e esculturas tão giros e não nos calhou nada... a única coisa que trouxemos para Lisboa foi a mala das baterias cheia de limões! Eles estavam tão gordinhos e tão amarelinhos mesmo ali por cima do carro. O crime era não aliviar o peso da pobre árvore!

O resto do dia foi passado na Universidade do Porto, onde fizemos a segunda peça e, ao fim da tarde, prego a fundo para conseguirmos chegar ao rio antes do pôr-do-sol! A vantagem de ir em reportagem com um câmara "fotógrafo" é que podemos tirar momentos do dia para parar e aproveitar o momento. O resultado foi o que viram em cima. Mais de 170 fotografias até à hora de jantar! Foi mesmo um fim de dia maravilhoso! Ao fim de 14 horas acordada, soube bem estar sentada à beira rio, a sentir o cheiro do vinho já incrustado nos rabelos, a ouvir as gaivotas, a admirar o reflexo do sol cor-de-laranja na água e a ver o Porto adormecer na outra margem.

Hoje saímos do hotel mais cedo do que era preciso! O único compromisso era às 14:30 em Águeda, mas combinámos arrancar mais cedo e ir almoçar a Aveiro! Porquê?? Adivinhem lá... fotografias claro! :) Desta vez foi um início de dia à maneira!
Uma folha A4 colada no elevador do hotel dizia que hoje ia chover e que ia estar um dia "partly cloudy"! Mentirosos pá! Até havia gente de t-shirt na rua... Resumindo: fotografias na ria de Aveiro, almoço bem cedinho, gelado durante passeio ao sol, conversa e "anhanço" pós-almoço dentro do carro parado no parque de estacionamento.

Conclusão destes dois dias: não fui feita para estar enfiada num escritório (redacção) o tempo todo, quero saídas de reportagem todas as semanas!!!

Ah, e para verem que isto das fotografias a toda a hora não é mesmo exagero, aqui fica a prova da verdade! O pôr-do-sol hoje aconteceu em pleno andamento na A1... não há problema, a máquina está ali sempre à mão!



Agora está na hora de ir dormir porque amanhã ainda é dia de trabalho!

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Uma mantinha e uma chávena de chá


Apanhei a primeira grande constipação do ano... tenham cuidado porque a epidemia anda mesmo por aí! No mesmo dia, eu apanhei o vírus e passei-o a outra pessoa! Que nheca :(
Só me apetece passar o dia em casa de pantufas, enrolada numa manta quentinha, a beber canecas gigantes de chá e a comer biscoitos.
Tinha logo de ser esta semana, que é a das saídas de reportagem... não quero trabalhar!
Quero voltar à escola e poder ficar em casa, deitada na caminha e a comer canja! Maldita responsabilidade!
Como diz o Penim, "agasalhem-se", porque está mesmo fresquinho!

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

As grandes questões da sociedade contemporânea

A minha experiência em transportes públicos, até há uns meses atrás, resumia-se apenas aos autocarros da Carris (e, vá, uma viagem ou outra dos Andrinos até Leiria) e ao metro. Desde que fui trabalhar para a Matinha, iniciei-me nas lides dos comboios, no discurso brilhantemente gravado a duas vozes: "Atenção senhores passageiros, o comboio suburbano procedente de Castanheira do Ribatejo com destino a (outra voz) MIRA-SINTRA MELEÇAS (!) vai entrar na linha número...3! E depois vem o senhor: "Na entrada para os comboios atenção à distância entre as portas e a plataforma". Afinal é um discurso a três vozes! Enfim, todo um mundo de novas possibilidades à minha frente!

E já há algum tempo que, todos os dias ao fim da tarde, quando regresso de mais um dia de trabalho, observo exactamente o mesmo cenário! Só mudam as personagens, mas a história é igual todos os dias! Casalinhos em grandes cenas de romance e paixão louca na plataforma de acesso aos comboios de Entre-Campos! Mas afinal, O QUE É QUE SE PASSA COM AQUELE SÍTIO??? É que não é só um abracinho e uma beijoca de despedida, como seria normal. São horas de amassos, são as mãos nos rabos uns dos outros, os corpos colados encostados às escadas rolantes e não é só um casal de vez em quando... são muitos, todos os dias!!! E não são só os adolescentes com as hormonas histéricas, também há gente de fato completo e gravata naquelas figuras! O QUE É QUE SE PASSA? Será que aquele sítio tem altos níveis de sensualidade e erotismo escondidos, só perceptíveis aos seres que passam por ali de mão dada a outra pessoa? MEDO!!! Muito medo! E não, eu não estou com inveja, nem isto é discurso de miúda ressabiada! Aquelas figuras são totalmente deprimentes! Só dá mesmo vontade de lhes dar uma mangueirada de água fria e gritar: "Get a room!!!". Se alguém me conseguir explicar este fenómeno da plataforma de acesso aos comboios, eu fico eternamente agradecida!

A outra grande questão contemporânea é: PORQUE É QUE AS PESSOAS NÃO ENTENDEM QUE UM LEITOR DE MP3 TEM PHONES PARA SE OUVIR MÚSICA EM PRIVADO? Se quiséssemos a música partilhada por aí, andávamos com os rádios às costas a bombar os hits para toda a gente ouvir. Poupem-me! E não estou só a falar daquele gajo que vai cinco filas de bancos à minha frente e mesmo assim eu consigo ouvir perfeitamente a música que ele está a ouvir... estou a falar daquela malta que vai na rua a cantar as músicas que estão a ouvir nos phones, como se estivessem no chuveiro! E depois encaram as pessoas mesmo de frente, como se fossem umas estrelas da canção e fosse a coisa mais normal do mundo andar na rua a cantar alto e bom som!
Ou eu sou uma cócó (uma betinha como alguém gosta de me chamar...), ou esta gente está mesmo a ficar toda maluca! Partilhem as vossas questões comigo! Preciso de apoio!

E esta dor de cabeça que não passa há três dias... acho que preciso de fazer um upgrade à minha graduação...

sábado, 9 de fevereiro de 2008

A vocês, que trazem o verão

O Verão é mais do que uma estação do ano. É um estado de alma. Quem tem duas amigas (para além da Gema) como eu, sabe isso muito bem.

Há uma pessoa que me conhece melhor do que ninguém. Sabe tudo o que se passa cá dentro. É metade de mim há uma vida. Há outra pessoa que conheceu o meu lado lunar, mas nunca fugiu de mim. É um abraço feito gente. Uma é mistério (para mim não muito...), surpresa, beleza. A outra é transparência, riso, beleza. As duas são o sol. São o meu Verão particular. E as saudades que tenho fazem nevar no peito...

Não consigo dizer-lhes o que sinto. Pedi ajuda:


i won't cry
anyone would rather shift their eyes
than open up their leather
but you, you seem to be the one

so try me please
i'm a better dancer than it seems
the lightest floating feather
is how i feel when i'm with you

so now that i know you
i'm ready to show you
how good i feel
'cause anyone can see through me
but you're not anyone

blaring car horns howl
through feedback from this city
but i don't hear it now,
the chaos that surrounds me
no, you, you hold my mind's desire

you give me shelter
from all that's done un-pretty
my sold-out, felt-up
retreated little secrets
are tucked inside the warmth of you

so now that i know you
i'm ready to show you
how good i feel
'cause anyone can see through me
but you're not anyone

it's been a long time a long time
i've walked alone, i've warmed to it
but now i slip right in
i'm ready to start to be ready

so hold me now
you who came in pieces
'cause i like whole pies
underdone a little
but i feel how you burn inside

so now that i know you
i'm so ready to show you
how good i feel
'cause anyone can see through me
but you're not anyone

anyone can see through me
but you're not anyone

anyone can see through me
but you're not anyone

Anyone
Joan As Police Woman

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Humpty Dumpty sat on the wall

...mas não caiu! Quando toda a gente pensava que era impossível, o ovo conseguiu-o. Fizemos a proposta para o Doc2007 da RTP em 3 dias. Sabemos que não vamos ganhar (porque se ganharmos, estamos tramados!!), mas também sabemos que quando queremos muito fazer uma coisa, conseguimos fazê-la. Já ganhámos!

Um grande obrigado:

- À 4MK por ter tido a falta de bom senso necessária para alinhar nesta loucura. Agradecemos a todos os que trabalharam para que isto fosse possível, especialmente os incansáveis Catarina e João. Viva a competência!

- Ao Hélder Duarte, mestre de longas barbas da televisão, por mais uma vez ter partilhado connosco a sua inesgotável sabedoria e por, como sempre, alinhar com os miúdos.

- Ao Manel, pelas suas brilhantes ideias e por se ter sentido grato pelo nosso convite. A honra é toda nossa!

- Aos melhores amigos do mundo, o João e a Lilas, por terem aparecido às 10 da noite com uma caixa de pastéis de Belém quentinhos.

- À minha mãe, que permitiu que o quarto estivesse todo desarrumado estes dias.

- A todos os que acreditam em nós, pois dão-nos força para não desistir.

- A todos os que não acreditam em nós, pois dão-nos força para não desistir.


PS.: Um pedido de desculpas ao André, pela proposta ter sido entregue ainda 2 minutos antes da hora limite. Para a próxima, não te desiludimos! Seremos pontuais.