No ano passado, por esta altura, não trovejou assim.
Nos primeiros dias de Outubro do ano passado, tentámos fazer uma coisa. E quase poderia jurar (memória, não me falhes agora, que o que aí vem é importante demais para ser mentira) que houve beijos a sério e abraços a sério e saudades a sério. Brilho no olhar e admiração mútua. Vontade de construir, de andar para a frente. Intenções declaradas, borboletas na barriga. Quase-paixão, por uns dias? Não resultou.
Este ano, nos primeiros dias de Outubro, tentámos fazer uma coisa. Surgiu do nada. Nem palavras bonitas nem borboletas nem olhos brilhantes (mas ainda muita admiração da minha parte, carinho da tua. Saudades?). Emendo: tu tentaste. E ainda não sei se me arrependo de não ter tentado. Não resultou.
No ano passado, por esta altura, não trovejou assim. Trovejou muito mais. Também choveu mais e fez mais sol e sentiu-se mais vento. Num momento ou dois, houve tanto frio que até nevou.
Esta tempestade é menor. Um ou outro trovão, tão espaçados, que não abafavam o silêncio que vem da tua casa. Uma chuvinha pouca. Mal se sente na janela.
Mas, que coisa!, não me deixam cair em sono profundo.
Como serão os primeiros dias de Outubro de 2010?
Sem comentários:
Enviar um comentário