Aprendi a ler por volta da 3ª classe. Não que não tivesse aprendido as letras e a palavras antes (fui eu que disse "muito" quando a professora perguntou quem conseguia ler aquela palavra que estava escrita no quadro!). Mas aprender a ler, ler a sério, foi na 3ª classe. O livro chamava-se "Uma aventura na cidade". Era o número 1 da colecção e foi o primeiro romance que li.
Entretanto já li muitos livros, embora demasiado poucos. Grandes clássicos, livros mais ou menos light, livros maus, livros muito bons, livros muito estranhos, livros demasiado simples. Mas, para não me esquecer de como se lê, nunca perdi "uma aventura". Acho que a verdadeira razão pela qual continuo a gostar de literatura infanto-juvenil é porque ela não me deixa crescer. É a minha neverland. E não tenho medo nenhum de o dizer.
As gémeas Teresa e Luísa, o Pedro, o Chico e o João têm acompanhado o meu crescimento, como post-its colados ao quadro de cortiça que tenho na cabeça: "não cresças demais! lembra-te do que é mais importante!". E o mais importante é a simplicidade e a amizade, que definem aquelas personagens.
A Ana Maria Magalhães e a Isabel Alçada fazem magia. Contam aventuras de forma muito simples (e isso é tão difícil!) e nunca cederam com as suas personagens. O grupo de miúdos mantem-se igual: sem sexo, sem drogas, sem dizerem asneiras. E voltar à inocência sabe tão bem...
"Uma Aventura em Alto Mar" é o livro número nº 50 e acabou de sair.
50 aventuras desde 1982.
50 vezes que adorei a Ana Maria Magalhães e a Isabel Alçada.
50 vezes que encontrei os melhores amigos da minha "second life" (os livros).
50 vezes que acreditei que a maior inocência pode ser a maior maturidade.
50 vezes que tive a certeza de que as crianças é que sabem.
50 vezes que disse que ia escrever uma colecção assim quando fosse grande.
50 vezes que aprendi a ler.
Entretanto já li muitos livros, embora demasiado poucos. Grandes clássicos, livros mais ou menos light, livros maus, livros muito bons, livros muito estranhos, livros demasiado simples. Mas, para não me esquecer de como se lê, nunca perdi "uma aventura". Acho que a verdadeira razão pela qual continuo a gostar de literatura infanto-juvenil é porque ela não me deixa crescer. É a minha neverland. E não tenho medo nenhum de o dizer.
As gémeas Teresa e Luísa, o Pedro, o Chico e o João têm acompanhado o meu crescimento, como post-its colados ao quadro de cortiça que tenho na cabeça: "não cresças demais! lembra-te do que é mais importante!". E o mais importante é a simplicidade e a amizade, que definem aquelas personagens.
A Ana Maria Magalhães e a Isabel Alçada fazem magia. Contam aventuras de forma muito simples (e isso é tão difícil!) e nunca cederam com as suas personagens. O grupo de miúdos mantem-se igual: sem sexo, sem drogas, sem dizerem asneiras. E voltar à inocência sabe tão bem...
"Uma Aventura em Alto Mar" é o livro número nº 50 e acabou de sair.
50 aventuras desde 1982.
50 vezes que adorei a Ana Maria Magalhães e a Isabel Alçada.
50 vezes que encontrei os melhores amigos da minha "second life" (os livros).
50 vezes que acreditei que a maior inocência pode ser a maior maturidade.
50 vezes que tive a certeza de que as crianças é que sabem.
50 vezes que disse que ia escrever uma colecção assim quando fosse grande.
50 vezes que aprendi a ler.
3 comentários:
Não sabia que já ia no 50. Confesso que parei antes do 40, mas nunca deixei de folhear um de vez em quando. Provavelmente para não perder noções de leitura.. :p
Nice comment. :)
Acho que sintetizaste (porque é impossível contar tudo o que "Uma aventura" representa) de forma muito acertada o que retratam esses livros, que também me ajudaram ao crescimento, e me acompanharam vezes sem conta, horas a fio, nessa etapa em que os sonhos predominam.
Nota: os cinco personagens sem o Caracol (que, confesso, nunca foi o meu preferido) e o Faial (grande cão), não eram a mesma coisa. Mas é bom ver que "ainda existem gerações não-Morangos com Açúcar"!
Fico à espera da colecção.
Obrigada, querida Marta, por recordares estes amigos que, em determinada altura, tivemos em comum. Dexei-os pelo caminho há alguns anos (no nº 39, salvo erro) mas fiquei com vontade de recuperar estas 11 aventuras que não vivi.
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