terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

O meu príncipe encantado não vai ter encanto nenhum.



Não te quero com pós mágicos, envolto em luz, de brilho élfico e beleza estonteante (pronto, esta pode ser um bocadinho. Não estonteante, mas assim de fazer tremer ligeiramente os joelhos, vá.). Ilusões. Tudo ilusões.

Tu vais chegar de pés bem assentes na terra, sorriso franco, eu quase nem vou dar por isso. Quando deixar de me distrair com inutilidades, vou olhar e tcharam!, ali estás tu, todo carne e osso (e bons ombros, boas mãos, lindos olhos e uma barbinha de 3 dias, sim?), uma pessoa a sério (e inteligente, culto, engraçado e liberal, ok?) e não um avatar azul. Palpável (convém, claro...) e muito real.

É quando perceber que posso pôr um pé na tua realidade e tu um pé na minha, quando nos sentir a criar uma realidade nossa, que saberei: és o meu homem de sonho.



PS.: Ah! Vai estrear a Princesa e o Sapo e eu vou ver toda vestida de cor-de-rosa. Posso querer armar-me em lúcida e céptica, mas um clássico da Disney é um clássico da Disney.

4 comentários:

esgana disse...

Eu vou contigo! Mas ainda não sei se vou vestido de John Smith, Simba ou Eric. Os meus preferidos.

Anónimo disse...

Ah, l'amore. Best of luck, menina Marta, é o que a cobra (vos) deseja, ou pelo menos melhor que a que lhe (me) coube. Não tenho saudades da situação, mas tenho saudades do sentimento...

Anónimo disse...

deves ter-te cruzado comigo no metro...

bjo

Ricardo Gonçalves disse...

Só para dizer que achei o texto muito belo, simples, directo e brutalmente honesto como pouco se lê por aí.

Apesar de tudo, haja romantismo, nem que seja só nos breves momentos em que passa um clássico da Disney no grande ecrã - se não torna a vida mais fácil, pelo menos torna-a algo mais agradável e bonita.