Passou por mim e eu por ele. De raspão. Um ou dois almoços e meia dúzia de palavras.
O Zé Manel (Rodrigues da Silva de assinatura), para mim, existe principalmente nas palavras dos meus camaradas de redacção, nas histórias que contam com sorrisos ou mesmo gargalhadas, já com uma saudade maior que as lágrimas. É pelas coisas que li escritas por ele e pelos episódios que ainda hoje fazem rir os fazedores do JL que sei que é uma honra estar sentada na cadeira onde ele se sentou para escrever as entrevistas, as reportagens, as críticas de cinema. Não me assusta. Antes me impele a fazer bem, não porque me sinta vigiada, mas porque estas pessoas (e ele através delas) não merecem menos.
E, para me lembrar disso todos os dias, deixo em cima da secretária que me emprestou os lápis quase desaparecidos dentro do copo de plástico; deixo na parede a página de um número de 1995 com uma entrevista ao Manoel de Oliveira; deixo em cima do ecrã a placa identificadora, de tinta desbotada, mas teimosamente agarrada ao papel, com as palavras: Jornal de Letras - J. Manuel R. Silva.
Mais e (muito) melhor no blog do JL.
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