Hoje li no Público que a Lonely Planet pôs Lisboa em primeiro lugar no top de cidades a visitar em 2009, no guia Best Travel. Não sou uma pessoa especialmente patriótica (como, aliás, poderão constatar mais à frente neste post), mas estas coisas fazem-me sempre sorrir de orgulho. Sim, ao contrário do que pensa o resto do país, os lisboetas têm sentimento de pertença. Lisboa é a nossa terra. Até mesmo para mim, que moro nos subúrbios.
Sabem quando gosto mais de Lisboa? É em Agosto. Porque os portugueses estão todos no Algarve e na capital só ficam alguns resistentes e os turistas. Gosto de ver pessoas de muitas cores, de várias alturas e belezas (menos as suecas muito altas e muito giras), de ouvir línguas diferentes. Mas o que sabe mesmo bem, não querendo ferir susceptibilidades, é tirar umas férias dos tugas (não dos portugueses, mas dos tugas).
Pronto, pronto, não gritem. Acompanhem-me:
- Ontem, no metro. Estou sentadinha no meu canto e tenho de fazer uma péssima figura. O livro numa mão e a outra a tapar o ouvido. Ao meu lado, um jovem com o MP3 aos berros. Mudo para o comboio no Cais do Sodré. Atrás de mim, dois rapazes falam muito alto e dizem palavrões como se fossem palavras. Tudo muito alto. No autocarro, como é habitual, alguém tenta passar à frente. Não sei se é mais enervante a velha que fura a fila ou a que fica lá atrás a resmungar "falam da juventude, mas depois ainda fazem pior".
- Hoje, de novo no comboio. Duas senhoras falam muito alto sobre doenças e de como a vida é horrível, "já viu, com isto se perde uma manhã" (e uma manhã ganha é o quê? ver o Goucha enquanto se faz o almoço?). Na paragem do autocarro, em Paço de Arcos, um jovem, daqueles que os deve ter enormes porque tem de andar com as pernas muito abertas, gel no cabelo e pele de quem usa mais perfumes da Zara do que água, assobia e assusta um cão. O cão ladra e ele, claro, assobia outra vez. E outra vez. E outra vez. Ri-se muito e abraça a namorada cheia de fast food na barriga e madeixas loiras no cabelo castanho escuro.
Percebem? De vez em quando é preciso férias. Por isso, turistas, sigam os conselhos da Lonely Planet e venham para Lisboa. E vocês, tugas, vão para Albufeira, vão.
Sabem quando gosto mais de Lisboa? É em Agosto. Porque os portugueses estão todos no Algarve e na capital só ficam alguns resistentes e os turistas. Gosto de ver pessoas de muitas cores, de várias alturas e belezas (menos as suecas muito altas e muito giras), de ouvir línguas diferentes. Mas o que sabe mesmo bem, não querendo ferir susceptibilidades, é tirar umas férias dos tugas (não dos portugueses, mas dos tugas).
Pronto, pronto, não gritem. Acompanhem-me:
- Ontem, no metro. Estou sentadinha no meu canto e tenho de fazer uma péssima figura. O livro numa mão e a outra a tapar o ouvido. Ao meu lado, um jovem com o MP3 aos berros. Mudo para o comboio no Cais do Sodré. Atrás de mim, dois rapazes falam muito alto e dizem palavrões como se fossem palavras. Tudo muito alto. No autocarro, como é habitual, alguém tenta passar à frente. Não sei se é mais enervante a velha que fura a fila ou a que fica lá atrás a resmungar "falam da juventude, mas depois ainda fazem pior".
- Hoje, de novo no comboio. Duas senhoras falam muito alto sobre doenças e de como a vida é horrível, "já viu, com isto se perde uma manhã" (e uma manhã ganha é o quê? ver o Goucha enquanto se faz o almoço?). Na paragem do autocarro, em Paço de Arcos, um jovem, daqueles que os deve ter enormes porque tem de andar com as pernas muito abertas, gel no cabelo e pele de quem usa mais perfumes da Zara do que água, assobia e assusta um cão. O cão ladra e ele, claro, assobia outra vez. E outra vez. E outra vez. Ri-se muito e abraça a namorada cheia de fast food na barriga e madeixas loiras no cabelo castanho escuro.
Percebem? De vez em quando é preciso férias. Por isso, turistas, sigam os conselhos da Lonely Planet e venham para Lisboa. E vocês, tugas, vão para Albufeira, vão.
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