Gosto do Natal. Muito. Costumo dizer que dia 25 de Dezembro é o meu dia favorito. Todos os anos é o mesmo: almoço e prendas com a família alargada, pais, tios, primos, etc. Talvez goste muito porque ao todo somos cerca de 40. Talvez porque tenha 18 primos. Talvez porque possa rir-me com os primos mais velhos e mimar os mais novos. Talvez porque a minha tia mais nova tenha 32 anos e conheça a minha vida íntima como uma amiga.
Ou talvez não. O mais provável é que eu goste do Natal simplesmente por ser uma época segura. Não preciso de pensar nem de me preocupar. Não me causa depressões. Compro prendas apenas para os meus pais e para a minha irmã; sei sempre o que comprar e sei sempre que vão gostar. De resto, a família não desaparece, não vai a lado nenhum, não se esquece de mim, não se farta de mim (ou mesmo que se farte, nunca o admite). Está ali comigo, todos os anos.
Já o fim de ano, esse sim, é uma tormenta. Porque esse é o espelho de outra parte da minha vida, uma parte tumultuosa e insegura. Não tenho dinheiro para pegar numa amiga e fugir daqui. Mesmo os amigos ameaçam dispersar-se. Ao contrário dos últimos anos, não tenho quem beijar quando for meia-noite. Até agora, as hipóteses são passar com os meus pais ou com um casal.
E o Natal é que é deprimente?
3 comentários:
antes só que mal acompanhado, mesmo que o provérbio seja contra a ideologia em vigor
Concordo em tudo! Viva o dia 25 em casa da avó, com as prendas, os doces, a sopa ao final da tarde e a família inteira que já quase não cabe na sala!!
Quanto ao 31, começo a pensar em juntar todas as pessoas que estão sozinhas em Lisboa e não têm nada para fazer... Estás convidada!
Falamos 5ª feira.
=).
Faz como eu: marimba-te para a passagem de ano. É uma noite igual a tantas outras.
Nunca entro em depressão por causa disso, já em relação ao Natal...
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